Episódio # 12 - Da pedra bruta à obra de arte

Você já viu como se esculpe uma pedra bruta, para transformá-la em uma obra de arte? É um trabalho duro, lento e que exige paciência. Assim é nossa vida. Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem. Saudações a todos Este é o podcast Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual. No ano de 1475, nascia na pequena cidade de Caprese, na Itália, Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni ou, simplesmente, Michelangelo, que ficaria conhecido mundialmente pelas suas atividades artísticas. Entre seus contemporâneos, Michelangelo era conhecido como O Divino. Foi pintor, poeta, arquiteto e escultor, tendo muitas obras famosas, como a pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano e esculturas como a Pietá, que se encontra na Basílica de São Pedro, também no Vaticano. Outra famosa escultura de Michelangelo é Davi, que está na cidade de Florença, na Itália. A escultura de Davi, iniciada em 1501 e finalizada em 1504, é uma enorme escultura de mármore maciço, de 5 metros de altura. Certa vez, Michelangelo respondendo a uma pergunta sobre esta obra disse: Fiquei um bom tempo olhando o mármore até nele enxergar o Davi. Aí, pequei o martelo e o cinzel, e tirei tudo o que não era Davi! Em outra oportunidade, a respeito de uma outra escultura ele disse: Observei o anjo gravado no mármore, até que eu o libertasse. Assim, para o escultor, a escultura já se encontra na pedra bruta. Basta que ele retire o excesso É assim que Deus atua. Ele cria o espírito como uma pedra bruta, um mármore maciço e vai, com o tempo, aos poucos, esculpindo, dando forma e valor. Pergunte a um ourives o valor de uma pedra bruta e de uma pedra lapidada. Quanto mais lapidada, mais valor é agregado. E assim vai ocorrendo, ao longo do tempo, os excessos vão sendo retirados e nós, vamos sendo moldados, lapidados. Deus, o escultor da humanidade, nos criou como blocos puros de concreto, mas nos viu por inteiro, terminados. A todos nos criou simples e ignorantes, simples no sentido de, ao ser criado, o espírito encontrar-se sem dúvidas, sem questionamentos, sem preocupações e sem indagações de qualquer espécie. E ignorantes, no sentido de não haver nenhum conhecimento. Somos criados como pedras brutas e, ao longo das existências corporais, os excessos vão sendo retirados. Vamos sendo lapidados, tomando forma, por assim dizer. Nenhum de nós, por mais imperfeições que possa parecer, se mostra como uma obra imperfeita, mas sim uma obra perfeita ainda em construção. A cada nova encarnação saímos um pouco mais leves, com menos excessos, ou seja, é esse o principal objetivo de reencarnarmos: retirar os excessos. Aproveitarmos a oportunidade de uma nova experiência corporal para deixarmos os excessos e ficarmos somente com o que é essencial. Como disse Michelangelo: o anjo já estava ali, eu somente o libertei. Não é essa a nossa missão como espíritos imortais, tornarmos angelicais, ou seja, espíritos puros? Nós somos destinados a nos tornar anjos, todos nós. Lembrando que Anjos, seriam aqueles espíritos que atingiram a perfeição, o maior grau de pureza, a obra pronta. Mas, você já observou como o escultor retira os excessos de uma pedra bruta? Ele coloca o cinzel na rocha e bate com o martelo, muitas vezes de maneira violenta, até que a rocha ceda lugar ao esboço da obra de arte, quando então ele muda a ferramenta e começa a fazer ações mais leves, mais precisas. Assim é a vida... No início, quando somos a pedra bruta, passamos por várias provas e expiações para retirar o excesso que exista em nós. E, pra isso, levamos muita “martelada”, até que começamos a tomar forma. Deixamos de ter muitos excessos e passamos a ser lapidados com mais sutileza, ou seja, evoluímos. Cada nova encarnação é uma nova oportunidade para sermos lapidados No entanto, muitos de nós não suporta as marteladas do escultor e acaba por se entregar às lamentações e assim, perdendo a oportunidade de retirar os excessos. E quais seriam esses excessos? Todos os conhecemos muito bem...mesquinhez, avareza, ódio, orgulho, soberba, vaidade, luxúria, inveja, cobiça... Por falar em escultura, olha só o que encontrei. Esse é um dos maiores cantores brasileiros, Nelson Gonçalves, interpretando a música Escultura, de Adelino Moreira, música que fez parte do famoso álbum A Volta do boêmio, lançado em 1967. Que linda voz tinha Nelson Gonçalves. O que muito conta no processo de retirada destes excessos é, principalmente, o princípio da solidariedade. Mas, como assim, solidariedade, você pode estar perguntando. O que isso tem a ver com o caso? Pois então, você já parou para analisar como você é dependente de um outro ser humano? Já percebeu como todos nós vivemos na dependência, uns dos outros? Pense bem, desde o nascimento, somos dependentes de um outro indivíduo. Somos a espécie mais avançada, do ponto de vista espiritual, mas somos a espécie mais frágil no que diz respeito à dependência de outro ser. Observe um recém-nascido humano e veja a total dependência que ele tem. Seria, praticamente, impossível sobreviver sozinho. No entanto, na natureza, um filhote de girafa já tem que sair andando logo após o nascimento. Os filhotes de primatas, tão logo nascem, já se colocam sobre as costas de suas mães. Filhotes de tartaruga, nascem sozinhos, enterrados na areia da praia e, logo ao saírem dos ovos, têm que se dirigir, o mais rápido possível para o mar. Um filhote humano, ao nascer, nem consegue sustentar sua própria cabeça. Somos os seres mais dotados de inteligência em nosso planeta (as vezes tem minhas dúvidas disso!), mas, por maior que seja nossa independência, todos precisamos de outros indivíduos para nos auxiliar. Veja bem, nos dois extremos da existência humana não conseguimos nos virar sozinhos... Quando recém-nascidos e quando idosos, necessitamos de alguém para nos auxiliar, precisamos da solidariedade de alguém. A vida se estrutura no princípio da solidariedade, em especial para que possamos nascer... O próprio ato da geração de um novo ser se mostra como um ato de solidariedade, uma vez que, todos nós, sem exceção, fomos “enxertados” numa base humana de uma mãe, para que pudéssemos nascer. Veja como ocorre um processo de enxertia na agricultura: é necessário uma base forte, que muitos chamam de “cavalo”, pois esta base deve ser bem forte, bruta mesmo, onde será colocada um galho, mais frágil de outra planta, esperando que sejam gerados bons frutos. Assim, como uma enxertia, fomos colocados no útero de uma mãe, uma base forte, para que pudéssemos nos desenvolver e para que nos fosse dado todo o suporte necessário para sustentar uma nova vida. Isso é solidariedade. Aqui estão os Cantores de Deus, cantando Solidariedade, música de Vicente Abreu, que faz parte do álbum Coletânea 2010. Os Cantores de Deus é um grupo paulista, criado em 1997, para acompanhar o padre Zezinho em seus shows, sendo, portanto, um grupo católico. Pois é, o podcast Mundo Espiritual é bem eclético. Aqui não temos intolerância. A solidariedade, a caridade, no sentido de se fazer o bem para outro, é o maior remédio que podemos ter para curar a maior parte de nossos problemas. Interessante como muitos de nós busca na meditação, uma maneira de lidar melhor com as dores da alma, no entanto, a meditação funciona, mas ela é algo individual, ela foca mais no indivíduo que medita, que busca respostas para seu sofrimento, por exemplo. Ou seja, a meditação é mais intimista. Já o ato de ajudar o outro, é algo que nos coloca frente à dor deste outro, podendo, muitas vezes, nos auxiliar a lidar melhor com a nossa própria dor. Com relação a isso, uma pesquisa apresentada pelo NUPES (núcleo de pesquisa em espiritualidade e saúde, da UFJF), mostrou que a meditação nos coloca mais tranquilos, mas a solidariedade nos deixa mais felizes. A pesquisa coordenada pelo professor e pesquisador português Miguel Farias, ex-professor de Psicologia Experimental na Universidade de Oxford e atualmente professor da Coventry University no Reino Unido, estudou o impacto da meditação em um grupo de prisioneiros ingleses. A análise indicou que a meditação teve, sim, um impacto positivo, de uma maneira geral, fazendo as pessoas se sentirem moderadamente mais compassivas ou empáticas. Entretanto, revelou que a meditação não teve nenhum papel significativo na redução da agressão ou da violência. Bem, ainda creio, se começarmos a nos mudar, passaremos a mudar, também, nossas atitudes. Assim, não deixe de meditar e praticar atividades que levem ao relaxamento e ao aprimoramento mental, mas não deixe de lado os atos de solidariedade. Viver para fazer o bem para outros, talvez seja o medicamento que muitos de nós esteja procurando, nessa nossa vida repleta de dilemas, de dificuldades e de experiências. Mas, não se esqueçam que nossa vida é moldada, é plasmada, pelo nosso pensamento. Ou seja, temos a vida que pensamos. Criamos nosso destino, através de nossas escolhas (boas ou más) e Deus nós aguarda até o final da jornada que escolhemos. Como diz Maria Dolores ao final do belíssimo poema Cantiga da Esperança, que faz parte do livro Antologia da Espiritualidade, de 1971, psicografado por Chico Xavier: Então, compreenderas Que, além do mais Além – No Coração da Altura – Deus trabalha, Deus sonha, Deus procura, Deus espera também!... Assim, Deus espera por nós, do modo como somos... Vamos caminhando nas diferentes espécies de seres vivos, enquanto princípio vital, para melhor nos desenvolvermos no princípio espiritual, de acordo com essas diferentes experiências. Aprendemos os princípios vitais da proteção, conservação, prudência...e tudo será utilizado quando formos encarnar em uma espécie mais organizada, como o ser humano. Este princípio espiritual é indestrutível e vai se aprimorando ao longo de nossa existência. Apesar das dores e das dificuldades que a vida nos impõe, sigamos adiante, pois a vida não cessa, conforme disse André Luiz, no livro Nosso Lar, de 1943, psicografia de Chico Xavier. A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões. O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica­ se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria. É, a vida não cessa e assim, sigamos adiante, mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para. Esse é o pernambucano Lenine, com Paciência, dele e de Dudu Falcão, música que faz parte do álbum Na pressão, de 1999. É uma música para se ouvir com calma e paciência, tanto que a colocarei no final do episódio, para quem quiser ouvi-la na íntegra. Não se esqueça do que já dissemos: nosso pensamento plasma nossas atitudes e, se nosso pensamento gera atitudes negativas, violentas, egoístas, a resposta será da mesma maneira, ou seja, atraímos para nós o que trazemos no pensamento. Desde modo, um foco excessivo faz com que a vida reflita esse foco. Assim, se você estiver passando por dificuldades, mude seu foco. Mas, se a dificuldade chegar em seu caminho, se a dor lhe afligir a alma, não se detenha, siga adiante... sabe quem nos espera lá adiante? Deus! E Emmanuel, na bela mensagem Burilamento, sob a psicografia de Chico Xavier, no livro Assim Vencerás, de 1978 nos dá um alento... Se a provação te busca, não desanimes. Segue. Ninguém te estrague o dom de renovar a vida. Todos vivem na Terra com lições e problemas. Pelas próprias tendências, saberás porque sofres. Nossa luta maior, será sempre em nós mesmos. Segue e confia em Deus. Deus te orientará. Todos nós trazemos do berço, lições e problemas e, pelas nossas tendências, saberemos porque sofremos. Não podemos nos deter. Sigamos adiante, pois Deus nos orientará. Dissemos que o pensamento molda a vida e imaginar é criar, como podemos conferir o que disse André Luiz no livro Nos domínios da mediunidade, de 1958, também sob psicografia de Chico Xavier: Imaginar é criar. E toda criação tem vida e movimento, ainda que ligeiros, impondo responsabilidade à consciência que a manifesta. E como a vida e o movimento se vinculam aos princípios de permuta, é indispensável analisar o que damos, a fim de ajuizar quanto àquilo que devamos receber. Ele nos dá alguns exemplos... Quem apenas mentalize angústias e crime, miséria e perturbação, poderá refletir no espelho da própria alma outras imagens que não sejam as da desarmonia e do sofrimento? Um viciado entre os santos não lhes reconheceria a pureza, de vez que, em se alimentando das próprias emanações, nada conseguiria enxergar senão as próprias sombras. Quem vive a procurar pedras na estrada, certamente não encontrará apenas calhaus subservientes. Quem se detenha indefinidamente na medição de lama está ameaçado de afogamento no lodo. O viajante fascinado pelos sarçais, à beira do caminho, sofre o risco de enlouquecer entre os espinheiros do mato inculto. Então, André Luiz nos orienta sobre vigiarmos nossos pensamentos... Vigiemos os pensamentos, purificando-o no trabalho incessante do bem, para que arrojemos de nós a grilheta capaz de acorrentar-nos a obscuros processos de vida inferior. E nos faz um grande alerta... É da forja viva da ideia que saem as asas dos anjos e as algemas dos condenados. Então, nós criamos a vida que pensamos, o que nos leva a estarmos, sempre, vigiando nossos pensamentos. Aqui temos a música Pensamento, com o Cidade Negra, música que faz parte do álbum Sobre todas as forças, de 1994. O Cidade Negra é uma banda carioca, de Belford Roxo, formada em 1986, originalmente com Toni Garrido, Bino Farias, Lazão, Ras Bernardo, Alexandre Massau e Da Gama. Nasceu com forte influência do reggae e suas letras músicas costumam falar de amor e problemas socioculturais e filosóficos. Meus amigos, se você estiver sofrendo, por algum motivo, que não me cabe aqui questionar, reflita um pouco e veja se não seriam alguns excessos que estão sendo retirados de seu espírito, ainda tão imperfeito. Assim, vamos chegando ao final deste episódio, lembrando que é deste modo que segue nossa vida, cheia de dificuldades, cheia de problemas, mas, sempre cheia de belezas... Este é o podcast Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Um abraço especial para o Gustavo Crispim que passa a colaborar com nosso podcast, fazendo toda a parte de design dos episódios. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio (https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/). Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw). Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual Para finalizar, uma frase de um grande escritor que admiro muito, Rubem Alves: Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama, fica eterno. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.

Episódio # 11 - Evangelizar, um ato de amor

Divaldo Pereira Franco disse, certa vez, a respeito da relevância da evangelização da criança na Casa Espírita, que quem instrui prepara para a vida, quem educa dá a vida e quem evangeliza fomenta a vida. Esse é o tema deste episódio. Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem... Saudações a todos Este é o podcast Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/. Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw. Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual O processo de evangelizar crianças e jovens, não deixa de ser um processo de educação e, para falar sobre isso, eu precisaria ter um pouco de conhecimento nas áreas tanto do processo educacional, quanto de evangelização espírita. Não tenho a mínima ideia do que já fui em encarnações passadas, mas, nessa atual, já atuei em muitas frentes de trabalho profissional, incluindo o trabalho como professor universitário, de ensino médio e ensino fundamental. Também já atuei como evangelizador com crianças e jovens. Assim, acho que tenho um pouco de bagagem para falar sobre esse assunto, sem ser tão vago. Então, vamos lá! Os braços da juventude garantindo uma estrada florida... Talvez seja isso que nós, pais, queremos para nosso filhos e para isso, como pais, nos preocupamos em alimentar nossos filhos, vesti-los, coloca-los em boas escolas, nos preocupamos com o futuro de nossos filhos... Mas, muitos de nós, não nos preocupamos com a educação dos sentimentos de nossos filhos, com sua educação moral nem tampouco com sua religiosidade. Como vamos ensinar nosso filho a ser prejudicado por alguém, mas não se afogar na mágoa; como ensina-lo a sofrer uma grande frustração e manter-se sereno e confiante em Deus; como ensina-lo a controlar seus próprios desejos, para que estes não comprometam sua encarnação? Essas não são tarefas fáceis. Somos, todos nós, assim como nossos filhos, seres que já viveram antes e que trazem um vasto passado de experiências, fracassos, acertos e realizações. Todos temos um programa a executar na vida, incluindo nossos filhos, que reiniciam sua vida material junto de nós. Na questão 383 de O Livro dos Espíritos, Kardec nos mostra a utilidade de o Espírito passar pelo estado de infância durante o processo reencarnatório: “O Espírito, encarnando com o objetivo de se aperfeiçoar, é mais acessível nesse período, às impressões que recebe e que podem ajudá-lo em seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de sua educação”. Assim, a Evangelização contribui, e muito, para esse adiantamento, para essa transformação, como uma borboleta que sai de seu casulo, após sofrer uma grande transformação em seu corpo. A música Juventude e vida, de Tim e Lúcio de Abreu, aqui com os irmãos Tim e Vanessa, faz parte do álbum Pétalas da Inspiração, lançado em 2001 e fala da transformação que ocorre na juventude, quando se faz o bem, exatamente o que se aprende nas aulas de Evangelização. Não nos esqueçamos que aquela criança que estamos levando para a Evangelização, é um Espírito milenar, com muitas experiências de vida, muitas delas, extremamente dolorosas. A cada nova encarnação, o Espírito tem a oportunidade de renovar-se e a infância é um convite à esta renovação. Somos convidados a fazer tudo novamente, andar, falar, agir... mas agora, de outra maneira. Qual seria o papel dos pais neste processo? É dever dos pais a Evangelização de Espíritos que foram confiados à sua responsabilidade. Nós temos que ser agentes desta renovação de nossos filhos, Espíritos milenares, que podem ter causado problemas para muitos outros espíritos, que podem ter uma propensão para a depressão e para o suicídio, que demonstram sérios desvios de comportamento, que têm impulsos violentos, mas que dormem como anjos em seus berços! A palavra Evangelho vem do grego evangelion e pode ser traduzida como a boa mensagem, ou a boa nova e ficou mais conhecida como sendo o conjunto dos ensinamentos de Jesus, narrados pelos seus discípulos diretos Marcos, Mateus e João e posteriormente, Lucas. Então, o que é Evangelizar? É transmitir estes ensinamentos, transmitir a mensagem de Jesus, a mensagem do amor, da humildade e da caridade para com todos. Desta maneira, Evangelização Espírita é transmitir às crianças e jovens, os ensinamentos da moral cristã. Com relação à educação, Allan Kardec dizia que ela, a educação, convenientemente entendida constitui a chave do progresso moral. Já, segundo a jornalista, educadora e escritora paulistana Dora Incontri, a educação é toda influência exercida por um Espírito sobre outro, no sentido de despertar um processo de evolução. Educar é elevar, estimular a busca da perfeição, despertar a consciência, facilitar o progresso integral do ser. Toda Casa Espírita, consciente de sua missão, deveria ter como meta a criação de espaços para Evangelização Espírita Infanto-Juvenil e trabalhar para que consiga obter êxito em seu funcionamento. Para isso, a Federação Espírita Brasileira, através do Departamento de Infância e Juventude, propõe um currículo para as escolas de evangelização. Este currículo seria um conjunto de experiências vividas pelo aluno e sua organização envolve um núcleo central e uma parte complementar. O núcleo central abrange os conteúdos doutrinários a serem desenvolvidos mediante atividades didáticas, atividades de expressão artística, recreativas e de autoconhecimento, que permitam ao evangelizando viver de acordo com os princípios da Doutrina Espírita. A parte complementar caracteriza-se por práticas educativas que favoreçam a integração do evangelizando na Casa Espírita e enriqueçam a sua vivência da Doutrina Espírita, tais como: atividades de assistência social, administrativas, campanhas educativas, entre outras. Com isso, todas as ações referentes à Evangelização Infanto-juvenil têm por objetivo promover a integração do evangelizando consigo mesmo, com o próximo e com Deus. Visa, também, proporcionar o estudo da lei natural que rege o Universo e da natureza, origem e destino dos Espíritos bem como de suas relações com o mundo corporal, além de oferecer ao evangelizando a oportunidade de perceber-se como ser integral, crítico, consciente, participativo, herdeiro de si mesmo, cidadão do Universo, agente de transformação de seu meio, rumo a toda perfeição de que é suscetível. Agora estamos ouvindo a música Boa nova, do álbum Compromisso, de 2010, do Grupo Luz, de Jataí. A música fala sobre o ato de evangelizar, que é o que pode contribuir com se ter a esperança de um porvir. O amor verdadeiro é sempre educativo e a educação verdadeira é sempre um ato de amor, no entanto, “Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências!” Sabe onde está escrito isso? No Evangelho Segundo o Espiritismo, no item Causas das Aflições, que faz parte do Capítulo V, Bem-aventurados os aflitos. Assim, o não combate às más tendências durante a infância pode levar à infelicidade dos pais perante as atitudes de seus filhos e isso acaba por se fixar na personalidade do futuro adulto. Existe um processo triplo envolvendo o desenvolvimento da personalidade da criança: uma nova personalidade, somada ao despertar gradativo da personalidade individual (aquela que o Espirito traz consigo), mais o seu desenvolvimento biológico, na atual encarnação. Assim, durante os meses que separam a concepção biológica até o nascimento de um novo ser, temos a gradual ligação do Espírito ao novo corpo físico, através de seu perispírito, processo que dura, em média, nove meses. Após o nascimento do novo ser, temos o Espírito encarnado em um novo corpo físico, que irá desenvolvendo uma nova personalidade até, durante, aproximadamente, os sete primeiros anos de vida material. Após esse processo, temos a personalidade trazida com o Espírito, somada a que ele desenvolveu durante esses 7 anos, mais a que se desenvolverá graças ao ambiente em que este espirito se encontra. Assim, após o desencarne, esse Espírito levará consigo esse novo conjunto de elementos que irão compor sua nova personalidade, que o acompanhará numa outra encarnação, onde novos elementos irão se somar. Podemos, então, dizer que nossa evolução depende de uma série de processo educativos, que tem como finalidade ajudar o outro a evoluir e subsidiar o Espírito no cumprimento dos compromissos assumidos ao reencarnar. Você sabe o que significa a palavra pedagogia? Pedagogia é uma ciência que tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino e a aprendizagem, tendo o ser humano como sujeito. Em resumo, pedagogia é a ciência e a arte da educação. Então, o que seria uma pedagogia espírita? Seria a pedagogia baseada nos princípios da Doutrina Espírita, ou seja, temos a ciência e a arte de educar, baseando-se nos princípios de moralidade que fundamentam o Espiritismo. Cabe aqui uma colocação a respeito da estrutura da Doutrina Espírita, para aqueles que ainda não estão familiarizados. A Doutrina Espírita baseia-se num tripé composto por Ciência, Religião e Filosofia e, fazendo uma analogia com uma árvore, estes 3 elementos seriam as raízes desta árvore. O tronco da árvore seria O Livro dos Espíritos, a primeira obra da codificação da Doutrina Espírita, lançado por Allan Kardec em 1857. Os galhos principais da árvore seriam os outros 4 livros da codificação, ou seja, O Livro dos Médiuns (de 1861), O Evangelho segundo o Espiritismo (de 1864), O céu e o inferno (de 1865) e A Gênese (de 1868). Os galhos secundários e toda as folhas que completam a árvore, seriam todas as obras surgidas ao longo do tempo, trazidas à luz através de estudos, pesquisas e psicografias. Temos, então, toda a árvore da pedagogia da doutrina espírita, pronta para dar frutos e sementes, que somos nós, os divulgadores e seguidores desta doutrina. Bem, já que fiz uma analogia entre uma árvore e a Doutrina Espírita, estamos ouvindo ao fundo, a música Árvore Feliz, música cantada em aulas de Evangelização infantil, aqui com o Grupo Evangelizar é Amar e que faz parte do álbum Evangelizar é Amar 2. A escola atual, a sede do processo educacional propriamente dito, vem sendo cada vez mais cobrada e vem assumindo papéis que não lhe cabem no processo de educação. Hoje, vemos muitos pais ou responsáveis se encontrando ausentes de seus filhos. Isso acaba por gerar um processo de auto culpa por não estarem junto dos filhos e, muitas vezes, levando-os a não contrariar os filhos para não os magoar, confundindo permissividade com amor. E a escola acaba sendo afetada nesse processo. Antes, tínhamos os pais cobrando de seus filhos quando estes tiravam notas baixas. Hoje, muitos cobram a escola e os professores pelo mal desempenho dos filhos. Sei disso pois fui professor, mais tempo trabalhando com ensino universitário, mas tive oportunidade de trabalhar com ensino médio e também fundamental e presenciei algumas situações destas. Assim, a Evangelização, como processo educacional, acaba sofrendo quase os mesmos problemas. Penso que seja necessário oferecer uma Educação Integral a nossos filhos uma educação que leve à evolução moral e intelectual, ou, como costumamos dizer nas nossas aulas de evangelização, que forneça as duas asas necessárias para se poder voar. O escritor e palestrante espírita, Adeilson Salles, diz que “a educação integral é o melhor removedor das manchas e mofos da imoralidade”. A Educação moral é sempre de responsabilidade dos pais, cabendo-lhes selecionar as informações e os valores que serão dados aos filhos. A Evangelização da infância contribui com isso, também e se mostra como uma das maiores obras do Espiritismo, uma vez que as crianças são os agentes de transformação do mundo e precisamos de melhoramento moral da humanidade. Levar as crianças para Evangelização é um papel importante para os pais, pois as crianças muito pequenas ainda não tem consciência para escolher sua religião, então os pais devem encaminhar suas crianças para sua própria religião até o momento que ela possa escolher qual seguir. A evangelização ensina, de modo lúdico, mesmo sem a criança perceber, conceitos e lições de moral, sem impor nada. Mas, para aqueles que nunca participaram de uma aula, o que é que se trabalha na Evangelização? Ora, ensinamento espírita e a moral dos Evangelhos. A Evangelização objetiva integrar a criança e o jovem consigo mesmo, com o próximo e com Deus, além de proporcionar conhecimento, através do estudo. Durante a Evangelização, a criança aprende a não brigar, a cuidar do corpo, a cuidar do que é de sua propriedade, a compartilhar suas coisas e também aprende a auxiliar o outro. Ou seja, a criança acaba virando um super joia... Essa é a música Super Joia, do grupo mineiro Coração Palpita, composto pela dupla Guto Passarinho e Marina Flor. A música faz parte do álbum Cara de Que? de 2014 e se encaixa em vários temas de aulas, como sobre a vivência do Evangelho, sobre a importância da ação evangelizadora, sobre amor ao próximo, sobre virtudes… As Casas Espiritas devem se esforçar não só para a criação das Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil como para o seu pleno funcionamento, uma vez que o Espiritismo sem aprimoramento moral, sem evangelização do homem é como um templo sem luz. No entanto, é muito importante uma maior participação dos pais ou responsáveis, no sentido de observar, por exemplo, a assiduidade e a pontualidade. É muito comum as crianças e jovens não terem uma sequência de comparecimento às aulas de Evangelização, o que é prejudicial para seu acompanhamento, uma vez que existe todo um planejamento na elaboração das aulas. Também é muito comum os pais ou responsáveis levarem seus filhos depois do horário de início das atividades, o que também compromete tanto no acompanhamento das atividades pela criança ou jovem, quanto no sentido de atrapalhar a dinâmica da aula. Também é importante que os pais ou responsáveis conheçam os evangelizadores e informem sobre problemas que acontecem com seus filhos, como mortes na família, separações, doenças, transtornos psicológicos, manifestações mediúnicas, etc. etc. etc. O ensinamento espírita e a moral evangélica são os elementos trabalhados, de tal maneira que os conhecimentos sejam levados às crianças através de exemplos práticos, do cotidiano, fazendo com que cada criança reflita e tire suas próprias conclusões do conteúdo trabalhado. Deste modo, a Evangelização não deve ser encarada como uma mera recreação. Nem tampouco como um local onde a criança fica “armazenada” enquanto os pais participam de outras atividades dentro das Casas Espíritas, ou, infelizmente, como temos exemplos, de crianças que são deixadas na Evangelização, enquanto os pais ou responsáveis vão à eventos sociais, festas, bares e por aí vai... A Evangelização é uma atividade da Casa Espírita, com metodologia pedagógica e não somente recreação. Que isso fique bem claro. E qual a condição essencial para ser um Evangelizador? É essencial que haja amor. Essa é a base de todo programa educativo, uma vez que o amor favorece o entusiasmo, a dedicação, o interesse, o devotamento, a continuidade e a disciplina. Todo espírita engajado realmente nas fileiras da fé raciocinada, deve estar, de certo modo, empenhado na tarefa de evangelização, seja em que nível for, que é, sem dúvida, o sublime objetivo da Doutrina Espírita. A tarefa dos evangelizadores é um trabalho integrado nos objetivos da Casa Espírita e não deve ser uma atividade à parte, como, infelizmente, algumas Casas Espíritas fazem. Pais espíritas, assumam sua responsabilidade: jamais deixem de aproximar seus filhos dos serviços da evangelização, em cujas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem, construindo um adulto melhor e um Espírito mais evoluído. A educação é um compromisso de todo dia e instante, através do nosso exemplo e atuação. No trato com a criança e o jovem, o esforço renovador pela evangelização jamais prescindirá da força da exemplificação para quem ensina. Jesus foi um Mestre por excelência. Ensinou até o último instante, fez- se o exemplo permanente aos nossos corações e perdoou-nos e ainda nos perdoa, os defeitos de mau aprendizes que ainda somos. Tem um ditado popular que diz que um exemplo vale mais que 1000 palavras. Assim, nossos exemplos de vida serão seguidos por nossas crianças, que poderão, com isso, se cativarem pelo amor ao próximo. Essa música creio eu, a maioria deve conhecer. É Cativar, uma das músicas mais utilizadas em Evangelização Espírita, aqui com o Grupo Arte Nascente, o GAN, de Goiânia. É uma bela mensagem transmitida em forma de música Atribui-se à Bezerra de Menezes esta mensagem de orientação aos pais espiritas: “Considerando- se, naturalmente a criança como o porvir acenando-nos agora, e o jovem como o adulto de amanhã, não podemos, sem graves comprometimentos espirituais, sonegar- lhes a educação, as luzes do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, fazendo brilhar em seus corações as excelências das lições do excelso Mestre com vistas à transformação das sociedades terrestres para uma nova Humanidade. Jamais deverão descuidar de aproximar os filhos dos serviços da evangelização, em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir. Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da liberdade e do livre-arbítrio, que os filhos avancem na idade cronológica para então escolherem este ou aquele caminho religioso. Tal medida tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e dor”. Essa música, Cativar, segundo informações que levantei, seria uma livre adaptação de autoria desconhecida de uma música francesa chamada Tous Les Garcons Et Les Filles (Todos os meninos e meninas) de Françoise Hardy, lançada em 1962. Bem, como eu sou curioso, fui pesquisar sobre essa música e trago aqui um pedacinho dela para vocês poderem conferir a melodia. Para um bom processo de ensino e aprendizagem, existem alguns elementos que devem ser levados em consideração como o evangelizador, o evangelizando, a família, o meio social e os próprios conteúdos de ensino. Todos esses elementos somados poderão proporcionar o principal objetivo de uma escola de evangelização, que é o do aprimoramento moral e ético de crianças e jovens. Um dos pontos essenciais para o bom entrosamento destes elementos é a família, o ponto de origem do evangelizando. Os pais ou responsáveis devem acompanhar de perto o funcionamento da Escola de Evangelização da Casa Espírita, participando das reuniões de Pais e Evangelizadores quando forem convidados. Com relação à importância da família no processo de educação cristã, existe uma passagem do livro Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografia de Chico Xavier, no capítulo Jesus e o precursor, que nos mostra como Jesus, ainda criança, demonstrou essa importância. Maria estava dizendo a seu filho que gostaria que ele fosse ao templo onde seria mais bem preparado para a vida, então, Jesus lhe disse: Mãe, toda preparação útil e generosa no mundo é preciosa; entretanto, eu já estou com Deus. Meu Pai, porém, deseja de nós toda a exemplificação que seja boa e eu escolherei, desse modo, a escola melhor. No mesmo dia, embora soubesse das belas promessas que os doutores do templo fizeram na sua presença a seu respeito, Jesus aproximou-se de José e lhe pediu, com humildade, o admitisse em seus trabalhos. Desde então, como se nos quisesse ensinar que a melhor escola para Deus é a do lar e a do esforço próprio concluiu a palavra materna com singeleza —, ele aperfeiçoa as madeiras da oficina, empunha o martelo e a enxó, enchendo a casa de ânimo, com a sua doce alegria! Então, repito aqui: a melhor escola para Deus é a do lar e a do esforço próprio. Aqui temos a linda música Evangelizar é amar, que faz parte do álbum Evangelizar é Amar 2, do Grupo Evangelizar é Amar. É uma bela mensagem sobre a importância da Evangelização. A psicóloga carioca Ana Tereza Camasmie, participando da 1ª Semana Espírita do Norte do Espírito Santo, fez uma palestra intitulada Quando voltar a primavera e o Evangelho florescer no coração dos homens, cujo link (https://youtu.be/fssq-mgY1-g) encontra-se na transcrição deste episódio e eu convido a todos a assistirem. Nesta palestra ela compara as estações do ano com as estações da vida, comparando a primavera com a infância e diz que durante este período, vivemos uma época de plantio, onde plantamos o Evangelho no coração de nossas crianças, algo que as aulas de Evangelização Espírita buscam fazer. E baseando-me nisso, coloco aqui de fundo, o Allegro, do concerto Primavera, um dos quatro concertos para violino e orquestra, conhecidos como As quatro estações, do compositor italiano Antônio Vivaldi, compostos em 1723. Os valores e exemplos de conduta cristã são o maior ensinamento para as crianças seguirem. A formação moral e cristã da criança deve ser feita constantemente, em casa, na rua, na escola, enfim, em todos os lugares, e não somente nas aulas de Evangelização. Nossos exemplos de vida serão seguidos por nossas crianças e por isso, transcrevo aqui uma mensagem que circulou pelas redes sociais há algum tempo e que acho conveniente ao tema. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira, e, imediatamente, tive vontade de fazer outros para você. Eu vi você dando comida a um gato de rua, e aprendi que é legal tratar bem os animais. Eu vi você fazer meu bolo favorito e aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida. Ouvi você fazendo uma oração, e aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em quem eu posso sempre confiar. Eu vi você fazer comida e levar para uma amiga que estava doente, e aprendi que todos nós temos que ajudar a tomar conta uns dos outros. Eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem. Eu percebi você me dando um beijo de boa noite e me senti uma pessoa amada e segura. Eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos. Eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e aprendi que eu tinha que ser responsável quando crescesse. Eu vi você se desculpar com uma amiga, embora tivesse razão, e aprendi que às vezes vale a pena abrir mão de um ponto de vista para preservar a amizade e o bem-estar nos relacionamentos. Eu vi lágrimas nos seus olhos, e aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar. Eu percebi você cuidando do vovô com carinho e atenção, e aprendi que devemos tratar bem e respeitar aqueles que nos cuidaram na infância. Quando você pensava que eu não estava olhando, foi que aprendi a maior parte das lições que precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando crescesse. Eu olhava para você e queria lhe dizer: “obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!”. Essa mensagem serve para que possamos pensar que nossas crianças estão nos olhando, espelhando-se em nós e em nossas atitudes. Nossos gestos e nossas ações produzem lições mais efetivas do que muitas palavras vazias, jogadas ao vento. Sempre temos alguém nos observando e aprendendo algo conosco, inclusive, nas aulas de Evangelização. Estamos chegando ao final deste episódio que buscou trazer um pouco da importância que a Evangelização Espírita tem no processo de formação moral e intelectual daqueles espíritos que que hoje se encontram sob a condição de nossas crianças e jovens. Trago aqui parte de uma mensagem do espírito Amélia Rodrigues denominada Evangelização, desafio de urgência, que está em Terapêutica de Emergência, livro com a colaboração de diversos espíritos, psicografados por Divaldo Pereira Franco, lançado em 1983. Evangelização espírita é Sol nas almas, clareando o mundo inteiro sob as constelações das estrelas dos Céus, que são os Bem-aventurados do Senhor empenhados em Seu nome, pela transformação urgente da Terra, em mundo de regeneração e paz. Este é o podcast espírita Mundo Espiritual, criado para difundir a mensagem espírita na internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/. Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw. Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual Eu iniciei este episódio como uma frase de Divaldo Franco sobre a importância da Evangelização da criança e finalizo com outra frase dele: Não se pode conceber uma Casa Espírita na qual as novas gerações não recebam a evangelização espírita, porque sem isto estaremos condenando o futuro a uma grave tarefa curativa das chagas adquiridas no trânsito da juventude para a razão. Portanto, é imprescindível a presença da atividade do Evangelho à luz do Espiritismo, junto à criança e ao jovem. Fiquem todos em paz e até nosso próximo episódio.