Episódio # 07 - Amor, o maior dos mandamentos

 

Amor, o maior dos mandamentos Ele é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente... Ele é o tema do episódio de hoje. Sejam todos muito bem-vindos e aproveitem. Saudações a todos Este é o podcast espírita Mundo Espiritual, um podcast criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/. Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw. Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual Nesses momentos em que estamos vivendo, praticamente todos nós, mais tempo em nossos lares, vivendo em família, temos, muitas vezes que nós lembrar que somos todos parte de uma grande família universal, que precisa, cada vez mais, estreitar os laços que nos unem. Dentro de nossas famílias, talvez um dos maiores desafios que enfrentamos é trabalhar o amor. Muitas vezes encontramos tantas desavenças entre as famílias que chegamos a questionar: se a família é toda embasada no amor, como, então, pode existir tantos conflitos entre os familiares? Provavelmente, nesta família, o amor ainda não foi cultivado ou, se foi cultivado, ainda não germinou. Analisando os quatro textos evangélicos, ou seja, Marcos, Mateus, Lucas e João, e filtrando tudo o que neles encontramos, basicamente chegaremos na essência da mensagem de Cristo, que é o amor. E partindo do que disse João, “Deus é amor” e, se somos a imagem e semelhança de Deus, também somos amor, mas não conseguimos entender o que é esse amor. Não conseguimos saber o que é ser amado por Deus pois estamos acostumados a ser amados pelas pessoas. Assim, não temos ideia do que é ser amado por Deus. O fato de que nós existimos, é um exemplo do amor de Deus. E para que possamos entender o que é o amor, vamos estratifica-lo em 4 estágios: Amor Eros – é o amor do dia a dia, o amor de pessoas, o amor da sensação, o amor que pedimos, que imploramos. Muitas vezes é aquele que quer mudar o outro. Nesse tipo de amor, para estar junto é preciso estar perto. É o amor das paixões, o amor material. Um amor de presença, um amor que prende. Amor Storge – é o amor da família, uma transição do Eros para o Philos, é um amor de concorrência mas, ainda, é um amor egoísta, limitado. Amor Philos – é o amor da harmonia, o amor da amizade, aquele que não quer mudar a pessoa que amamos. Por exemplo, Paulo amava os gentios assim como amava os judeus. É o amor que não pede volta, não pede compensação. É o amor da filantropia. Para este amor, para estar junto, não é preciso estar perto, mas é preciso estar dentro. Amor Ágape – o amor do Cristo; o amor que transcende; o amor que não impõe, convida, envolve, esclarece. É o amor verbo intransitivo: não se ama alguém, simplesmente se ama. Esse é o amor que Paulo escreve na sua carta aos Coríntios. No evangelho de Mateus, consta que certa vez, um fariseu, doutor da lei, interrogou Jesus sobre qual seria o grande mandamento na lei, ao que o Mestre respondeu: - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é, amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Amar ao próximo como a nós mesmos. Parece uma tarefa não tão simples, não é mesmo? Mas, se isso já nos parece difícil, o que dizer, então, do que encontramos no mesmo evangelho de Mateus, quando Cristo disse: - Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Amar nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem! Poxa, se já achamos difícil amar ao próximo, o que dirá amar nosso inimigo! Aí é que a coisa aperta, principalmente por sermos espíritos ainda muito imperfeitos. Aí é que percebemos o quão longe estamos em nossa caminhada em busca da nossa evolução. Amor ao próximo... Talvez seja isso que tenha levado Paulo a relatar, em sua Primeira Carta aos Coríntios (13:1,2), a respeito da importância do Amor para todos nós. Disse Paulo: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.” Portanto, sem amor eu nada seria, sem amor eu nada sou e provavelmente sem amor eu nada serei. Este é o maior de todos os mandamentos: o Amor! Este é o caminho que o verdadeiro cristão deve seguir. Esta é a luz que Cristo trouxe a guiar os primeiros cristãos, tão perseguidos e maltratados. Esta foi uma das mais marcantes características do que passou a ser conhecido como “cristianismo primitivo”, ou seja, a divulgação da mensagem de amor que Cristo ensinou. A música ao fundo é uma versão instrumental de Monte Castelo, música de Renato Russo que traz a mensagem do amor em sua composição. Ao longo deste episódio estaremos ouvindo algumas versões desta música, como esta que encontrei no Youtube, executada pelo Grupo Vênus, do Rio de Janeiro Humberto de Campos, no livro Boa Nova, nos mostra um pouco desta época do cristianismo primitivo e das dificuldades que estes seguidores viveram. Nos tempos de pregação de Jesus, às margens do mar da Galileia, encontramos uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, bem colocada na sociedade de Cafarnaum, era Joana, esposa de Cusa, intendente de Ântipas. Joana de Cusa, como ficou conhecida, possuía verdadeira fé; mas sofria porque seu companheiro não aceitava as claridades do Evangelho. Certa vez, Joana encontra-se com Jesus na casa de Pedro e Jesus lhe disse: Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens. A sabedoria celeste não extermina as paixões: transforma-as. E ouviu do Mestre suas últimas instruções: Vai, filha! ... Sê fiel! No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, encontramos, Joana, já uma velha senhora, amarrada ao poste do martírio ao lado de seu filho. Ambos estavam prestes a serem queimados. Seus algozes queriam que ela abjurasse o Cristo e seu filho, em desespero, pedia-lhe que abjurasse... Joana lhe diz: – Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel a Deus! Com as chamas já tomando conta de seu corpo, ouviu de um dos verdugos a indagação: O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? E Joana murmurou: Não apenas a morrer, mas também a vos amar! ... Joana sentiu a mão consoladora do Mestre lhe tocando os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível: Joana tem bom ânimo! ... Eu aqui estou! ... Humberto de Campos nos mostra, assim, como eram os primeiros tempos do cristianismo e toda a dificuldade para que a mensagem do Cristo fosse disseminada. Emmanuel, também, nos trouxe com riquezas de detalhes estes primeiros anos do cristianismo, em especial nas obras Paulo e Estevão, Há dois mil anos, 50 anos depois e Ave Cristo. A mensagem trazida por Jesus, através de todos os seus ensinamentos, serviu de base para o que se convencionou denominar cristianismo, sendo cristãos considerados aqueles que seguiam esses ensinamentos, cuja mensagem tinha, como principal teor, o amor. O termo “cristão” aparece pela primeira vez, na Bíblia, em Atos, no capítulo 11, versículo 26, quando encontramos a seguinte fala: “Em Antioquia, foram, os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. Assim, os primeiros cristãos foram aqueles que espalhavam a mensagem de Cristo, espalhavam o amor e acabaram sendo perseguidos tanto pelos judeus, quanto pelos romanos. Cristão, portanto, é todo aquele que segue a mensagem e os ensinamentos de Jesus, o Cristo. No entanto, mais de dois mil anos se passaram e não conseguimos entender perfeitamente essa mensagem deixada pelo Cristo, pois se assim tivéssemos a entendido, seríamos espíritos um pouco mais evoluídos do que somos hoje. Tanto tempo se passou e continuamos cultivando egoísmo, orgulho e vaidade... tudo que vai contra a mensagem do Cristo. Aqui temos outra fantástica interpretação da música Monte Castelo, na guitarra de Denis Salgado. Denis Salgado é músico da cidade de São Paulo e encontrei esta versão no Youtube, na página The Outside Illusion. Não existe uma religião específica que represente, somente ela, a mensagem do Cristo. Ele, Cristo, nunca disse para que seguíssemos essa ou aquela doutrina, seita ou religião e sim que fossemos disseminadores da Boa Nova, ou seja, da sua mensagem. Portanto, todo aquele que segue o exemplo de Cristo é um cristão, todo aquele que espalha o verdadeiro amor é cristão. Seguir os ensinamentos de Cristo... nosso guia e modelo..., conforme a resposta que os Espíritos deram ao questionamento de Kardec, como está na questão 625 do Livro dos Espíritos: Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? Como resposta recebeu aquela que deve ser a mais curta de todas as mais de mil questões: “Jesus”. Assim, todos temos como guia e modelo para seguirmos, a mensagem e os exemplos do Cristo. Todos sabemos o que devemos fazer, principalmente no que diz respeito a seguirmos às leis divinas, uma vez que, conforme a questão 621, também do Livro dos Espíritos, Onde está escrita a lei de Deus? “Na consciência”. Mas, por qual razão as pessoas seguiam Jesus? Seria pelos seus grandes feitos de cura e outros milagres? Se fosse somente por seus feitos, ele seria visto como um grande mágico e logo seria esquecido. No evangelho de João (João 6:26) podemos encontrar a resposta: Sua palavra trazia o consolo. “Vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” Deste modo, as pessoas o seguiam porque ele espalhava AMOR, porque ele consolava. Então, todo verdadeiro cristão é aquele que espalha AMOR! E nós, conseguimos espalhar amor? Será que somos realmente cristãos? Temos que primeiro nos amar, para depois amar o outro. Devemos cuidar de nós, primeiro, para depois cuidarmos do outro. Você já prestou atenção na instrução sobre a máscara de descompressão no avião? Primeiro coloque a máscara em você e depois ajude a quem tiver dificuldade. É para isso que servem os centros espíritas, os templos religiosos, as igrejas... para te ensinar a pegar a máscara de oxigênio e colocar primeiro em você mesmo, para depois ajudar o outro. Pois então, esse primeiro me amar para depois amar o outro seria nos transformarmos, conforme a mensagem que o Cristo nos trouxe, que é um convite para o reino dos céus e nos ensinou o caminho para adentra-lo: Arrependei-vos... Arrependimento, uma mudança de atitude, de pensamento, de vida... O caminho para o reino dos céus. A tradução mais correta para arrependimento seria metanoia, que tem como significado a transformação. É a transformação interna de cada um, a reforma íntima, que cada um deve processar para poder adentrar ao que o Cristo disse ser o reino dos céus Jesus, em suas pregações não dizia que aqueles que acreditassem nele, teriam seus pecados perdoados. Ele falava da transformação interior. E temos duas grandes transformações relatadas nos evangelhos: a história de Saulo de Tarso e a de Maria de Magdala. Mas isso fica para outros episódios. A mudança de atitude se deve, muitas vezes, a mudança, primeiro da maneira de pensarmos, uma vez que o pensamento comanda nossas atitudes. Será que somos nós mesmo que comandamos nosso pensamento? Lembremos da questão 459 do Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta se os espíritos influenciam nosso pensamento e os espíritos superiores respondem que na maioria das vezes eles que nos comandam. Assim, é preciso vigiarmos nossos pensamentos para que possamos estar sempre com bons espíritos a nos influenciar. Se queremos mudar nossa vida, comecemos, primeiro, mudando nosso pensamento. Portanto, vigia teus pensamentos, assim como ensina um poema que uso muito em palestras, cujo autor é tido como desconhecido e se chama Vigia Vigia teus pensamentos: Eles tornam-se palavras Vigia tuas palavras: Elas tornam-se ações Vigia tuas ações: Elas tornam-se teus hábitos Vigia teus hábitos: Eles formam teu caráter Vigia teu caráter: Ele torna-se o teu destino Assim, nosso destino será formado de acordo com nossas ações que dependem de nossos pensamentos. Precisamos pensar no amor, seguir os exemplos e os ensinamentos do Cristo, pois foram esses, o maior legado que Ele nos deixou. Precisamos amar mais, aceitar mais e perdoar mais, uma vez que o amor traz consigo a capacidade de perdoar. E nós, temos esta capacidade? Conseguimos perdoar nosso próximo? É muito mais fácil apontar o erro do outro, o “pecado” do outro, como vemos no caso da mulher adúltera. Lembre-se que pecado é erro e erros podem ser corrigidos e o amor corrige tudo. Todos nós erramos, uma vez que todos nós estamos em processo de aprendizagem. Nascemos, espíritos simples e ignorantes e vamos passando por estágios de experimentações que nos proporcionam ferramentas importantes para aprendermos, uma vez que durante este processo, erramos e ainda erraremos muito. Você, eu, todos nós já fomos selvagens em algum momento de nossa jornada. Assim, mesmo aqueles criminosos mais violentos, os estupradores, os assassinos, todos eles, têm em si o amor plantado em seu espírito, que vai, aos poucos, se espalhando. De erro em erro vamos seguindo nossa jornada, esperando que nosso amor cresça e germine, até que nos tornemos, todos nós, incluindo aqueles criminosos, assassinos, estupradores, todos, nos tornemos espíritos puros. Esse é o destino de todos nós. Agora a versão em italiano, cantada por Jair Alves de Sousa, mas que você deve conhecer pelo nome de Jerry Adriani. A música fazia parte do álbum Forza Sempre, de 1999. Jerry Adriani, uma das mais belas vozes brasileiras. O escritor libanês Khalil Gibran no livro O Profeta, de 1923, fala a respeito do amor: Quando o amor vos chamar, segui-o, embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados; e quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe, embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos; e quando ele vos falar, acreditai nele, embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim. E também ele fala sobre o matrimônio, que é uma expressão do amor: “Vós nascestes juntos, e juntos permanecereis para todo o sempre. Juntos estareis quando as brancas asas da morte dissiparem vossos dias. Sim, juntos estareis até na memória silenciosa de Deus. Mas que haja espaço na vossa junção e que os ventos do céu dancem entre vós. Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão: que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas. Enchei a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça. Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço. Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho, assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia. Dai vossos corações, mas não os confieis à guarda um do outro. Pois somente a mão da vida pode conter vossos corações. E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia; pois as colunas do templo erguem-se separadamente, e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro. Com relação ao amor entre duas pessoas, vejam o que falou o grande Ariano Suassuna a respeito de sua esposa, Zélia: O Espiritismo se mostra como o grande divulgador da palavra de Cristo, uma vez que a mensagem espírita não diz que os pecados das pessoas serão perdoados e sim, o Espiritismo traz o ensino original de Jesus: Transforme-se, melhore-se, pois assim você poderá adentrar ao reino dos céus. Mas, não estou falando, aqui, de uma religião específica. Não estou falando de religião e sim de pegar a mensagem do Cristo e a distribuir, conforme Ele nos ensinou. E isso não tem a ver com nenhuma religião específica. Cristo não era cristão, pois esse termo designa seus seguidores e não uma religião especificamente. O próprio Kardec não considerou a nova doutrina que estava organizando como sendo uma nova religião. Talvez, o espiritismo tenha seguido o caminho da religião aqui no Brasil, o maior pais espirita do mundo, mas, isso também falarei em um episódio específico. Portanto, cristão é todo aquele que divulga a mensagem do Cristo, independente de religião. O próprio espiritismo nos mostra isso. Quando todos conseguirmos evoluir, não mais será necessário termos religiões, pois todos estaremos irmanados no mesmo objetivo de nos amar e amar ao próximo. Não sentiremos o amor em sua plenitude sem não sentirmos o amor, primeiramente, em nós mesmos! Assim, ao longo de nossa jornada evolutiva, vamos aprendendo o que é o amor. E vamos aprendendo com nossos erros, conforme o ditado popular “é errando que se aprende”. Quantas vezes caímos para aprendermos a andar? Quantas vezes erramos para poder aprender? A cada nova encarnação temos a oportunidade de aprender a amar. Veja bem como nos comportamos em família, o maior laboratório que temos para exercitar o amor. Não amamos igualmente a todos os membros de nossa família. Não temos a mesma afinidade com todos. Somos espíritos colocados por conveniência, na mesma família, especialmente para aprender a conviver e a amar. A versão aqui apresentada da música é de Fábio e Marcelle, do Trio Amadeus, de Minas Gerais, que também encontrei no Youtube. Eu sempre gostei muito de esportes e tive a oportunidade de, juntamente com minha esposa e meus filhos, irmos até o Rio de Janeiro assistir algumas provas do Jogos Olímpicos de 2016. Logo depois voltei ao Rio de Janeiro, junto com minha esposa, para assistirmos aos Jogos Paraolímpicos, um evento fantástico, que muito me marcou. Marcou tanto que passei a acompanhar vários outros eventos para-esportivos pela televisão, sendo que no ano de 2019, assistindo à algumas provas do Para Pan-americano de Lima, no Peru, assisti à atleta brasileira Verônica Hipólito ganhar a medalha de prata na prova de atletismo, 200 m classe T37. Ao final da prova, o repórter do canal que eu estava assistindo foi entrevistar Verônica e ela disse o seguinte: Acreditem até o final. Eu não estava andando, estava 20 kg acima do meu peso, eu tinha tudo para não estar aqui, mas eu estou. Sobre os pais, ela disse: eles são minha base, meu maior exemplo, são os AMORES da minha vida. Aqueles que estão comigo numa cama de hospital e aqueles que estão comigo comemorando na maior competição das Américas. Então, amem, amem até o final. Existem sempre pessoas que amam vocês e vocês sempre tem que amar. Eu acredito muito no amor, foi o amor que me salvou... Amor, gente, amor salva! Essa é a versão do multicantor Evandro Olivah, paulista de São Jose do Rio Preto, que faz parte do álbum Sentir, de 2013. Também encontrei no Youtube. É... o amor é tudo isso que falamos ao longo deste episódio e lá no início eu comecei citando parte de um famoso poema de Camões, Amor é fogo que arde sem se ver. Esse poema, foi publicado na segunda edição da obra Rimas, de 1598, sendo de autoria de Luís Vaz de Camões, um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos, que viveu no século XVI. E aqui você escutará o poema retirado do filme Camões, de 1946, dirigido por José Leitão de Barros, com a voz de António Villar, que interpretou Camões no filme. Direto do túnel do tempo. Pois bem, pegando este poema de Camões e partes do capítulo 13 da Carta de Paulo aos Coríntios, o músico brasiliense, Renato Manfredini Junior, mais conhecido como Renato Russo, compôs Monte Castelo, música lançada em 1989, fazendo parte do álbum As Quatro Estações, da banda Legião Urbana, música que ouvimos ao longo deste episódio, em várias versões, mas que finalizamos com o próprio Renato Russo e o Legião Urbana cantando a música que serviu de fundo para esse episódio. Para finalizar, utilizo a mesma carta de Paulo aos Coríntios, onde Paulo diz: – Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. Devemos, então, nos aproximar mais de Deus e sermos dispersores de amor e caridade, como um farol a iluminar, pois, ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria. Este é o podcast espírita Mundo Espiritual, um podcast criado para difundir a mensagem espírita através da internet. A produção, edição e a apresentação são minhas, Carlos Biella e falo da cidade de Jataí, aqui em Goiás. Você pode ouvir, baixar o podcast ou o conteúdo do episódio ou ainda entrar em contato conosco, através dos endereços que estão na transcrição deste episódio https://podcastmundoespiritual.blogspot.com/ e http://mundoespiritual.podcloud.site/. Estamos também no Facebook (https://www.facebook.com/podcastmundoespiritual) e no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCvE-E-zthITBCsrNNJa0ytw. Caso queira, você pode nos encontrar no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no iTunes, basta procurar por Mundo Espiritual na sessão de podcast. Ouça o áudio, leia o texto, curta, opine, comente, compartilhe...este é o Podcast Mundo Espiritual e ele é feito para você. E lembrem-se que a caridade é o amor em ação, é o próprio amor a serviço da vida e não a serviço de nós mesmos. Fiquem todos em paz e até o nosso próximo episódio.